conheça Kyng ganhador da última semana na batalha da alfândega

Fonte: Jornal do Rap

20/11/2024

CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DO MC KYNG DE FLORIANÓPOLIS – SC

1.
JornalDoRap: Conta um pouco sobre sua trajetória pra a gente te conhecer de onde você veio quantos anos tem, se tem música lançada ou não conta sua história pra nós!
Meu nome é Rian, tenho 21 anos de idade, sou filho de uma mãe solteira que eu acredito ser a mulher mais forte do mundo e nasci lá no céu azul, no entorno sul de Brasília, morei em Salvador ( BA ) também por muito tempo. Com 15 anos vim pra SC com minha mãe pra tentar uma vida melhor. Tenho vários sons na pista, ano passado lancei mais de 20 singles, todos contando um pouco da minha vivência da forma mais sincera, tem em todas a plataformas pra quem quiser ouvir.

 

2. Preparação para a Batalha:
JornalDoRap: Você costuma praticar suas rimas de uma forma específica ou é algo mais espontâneo?

Na realidade eu nem treino, a última vez que eu tentei treinar mais sério não saiu nada com nada. Mas eu rimo toda hora lá em casa com meus amigos, moro só com artista aí simplesmente flui. E eu costumo ir em batalha quase todo dia, então me mantenho em forma assim.

3. Desafios na Competição:
JornalDoRap: Durante a batalha, quais foram os principais desafios que você enfrentou? Teve algum momento que te surpreendeu ou uma rima que saiu melhor do que você esperava?

Rimar é meio que mágica, tá ligado? Eu não lembro a maioria das coisas que eu rimo, simplesmente deixo as palavras saírem, as vezes eu falo merda , as vezes saem coisas geniais. E eu acho que o maior desafio foi acreditar no que eu fazia, ao ponto de me sacrificar por isso, já fui pra muita batalha sem ter dinheiro nem pra passagem, pular catraca, andar várias horas, dormir na rua e passar fome só pra estar ali. Acho que isso é mais desafiante que qualquer MC.

4. Impacto das Batalhas:
JornalDoRap: Na sua opinião, qual é o impacto das batalhas de rimas na cena do rap e na cultura jovem em Florianópolis?

Se não fosse a batalha provavelmente eu tava morto, e eu sei que pra maioria dos Mc’s é a mesma fita. Eu não consigo nem definir a importância das batalhas e do hip Hop na vida das pessoas ao meu redor, é como se fosse o único momento de alívio em meio a uma sociedade que se resume a interesse. É puro, saca ? Como se ali eu pudesse realmente me comunicar com as pessoas. Mas tem gente que vê como um rolê, vai pra beber e talz, mas o valor da batalha pelo menos aos meus olhos é mudar vidas, de forma efetiva e direta.

5. Começo na Música:
JornalDoRap: Como você começou sua trajetória como MC? O que te motivou a entrar no universo das batalhas de rimas?

eu ia nas batalhas dês de menor, mas não acreditava nem um pouco que fosse capaz de fazer aquilo. Mas a primeira vez que eu rimei eu ja era de maior, e pra ser sincero eu tava bêbado, meus amigos me incomodaram um monte pra eu rimar, e eu fui de maluco. Eu já rimava de cantinho com a rapaziada mas nada demais. Isso foi na Batalha Da Alfândega ali no centro de Florianópolis, e eu cheguei na final logo de primeira, acho que na cagada por que eu tava bem pra frente. Depois de experimentar aquele sentimento eu me apaixonei, a sensação de rimar uma coisa que tava presa lá dentro de você e ver todo mundo compartilhando daquele sentimento com você, gritando e pulando é indescritível, papo reto.

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